Lamy vence Campeonato do Mundo de Fórmula GT Resistência
O piloto português Pedro Lamy, juntamente com o francês Stéphan Sarrazin, sagrou-se ontem campeão do Mundo de Fórmula GT (Le Mans Series Resistência) após ter ficado em segundo lugar na última prova do Campeonato, o G.P. Brasil disputado no circuito de Interlagos.
Ao longo da época, Lamy e o seu colega de equipa conseguiram 3 vitórias e 1 terceiro lugar, registando apenas 1 abandono.
Em segundo lugar do Campeonato (e em 4º na corrida) ficou a dupla Boullion/Collard, num Pescarollo-Judd, com menos dois pontos que a equipa luso-francesa.
No final da prova, Lamy afirmou que "esta corrida é especial, pois dá-me alegria correr e ganhar um título num país onde se fala o meu idioma! Mas, pela forma como foi a prova, parecia que não ia haver título". Realmente, o triunfo de Lamy e Sarrazin não foi fácil e os pilotos ainda apanharam um grande susto antes de se sagrarem campeões. O português conseguiu a "pole-position" mas um problema na embraiagem do Pegeout 908 HDi-FAP fez com que o piloto luso saísse da última posição da grelha. Além disso na volta 195 a luz traseira apagou, o que fez perder mais alguns minutos na boxe e pouco depois um problema eléctrico levou a mais 4 minutos de paragem.
Os jornalistas perguntaram ao português o que é que se tinha passado na partida, mas este não conseguiu explicar: "Simplesmente não arrancou. Tentei de tudo, ponto-morto, nova partida, até que o motor girou, consegui meter a primeira e lá fui..."
Este é mais um marco na carreira de Lamy, que foi o primeiro piloto português a pontar (e o segundo a participar) numa corrida de Fórmula 1, mais concretamente no G.P. Austrália em 1995.
Além destes feitos, o novo campeão mundial de Fórmula GT ainda conseguiu um segundo lugar nas "24 Horas de Le Mans" (melhor registo de um português na mítica prova).
Lamy ainda conta, no seu vasto palmarés, com um Campeonato Nacional de Fórmula Ford, um Campeonato Europeu de Fórmula Opel, um Campeonato Alemão de Fórmula 3, um segundo lugar no Campeonato Internacional de Fórmula 3000, um Campeonato do Mundo de Fórmula GT-2 e duas vitórias nas "24 Horas de Nurburgring", além de 32 Grandes Prémios de F1, aos comandos de um Lotus e um Minardi.
Lamy pilotou pela primeira vez um GT, em 1997, conseguindo o 5º lugar em Le Mans.
No ano seguinte venceu o Mundial de GT-2 na companhia de Oliver Beretta, pilotando um Chrysler Viper GTS-R (em 10 provas, a dupla luso-francesa venceu 8, além de 5 "poles" e 7 Voltas mais Rápidas).
Em 1999, o piloto português participou nas "24 Horas de Le Mans", ao volante de um Mercedes-Benz. Após ter feito a Volta mais Rápida e quando estava no 4º lugar, Lamy foi obrigado a desistir depois dos seus companheiros de equipa terem sofrido estranhos acidentes, o que levou a marca alemã a retirar todos os seus carros da prova, por questões de segurança. A Mercedes acabou por libertar os seus pilotos dos compromissos oficiais, e Lamy acabou o ano a participar nas últimas 4 corridas do Campeonato ALMS (American Le Mans Series) aos comandos de um BMW semi-oficial.
Em 2000 e 2001 o piloto português voltou à Mercedes, mas agora para pilotar um CLK do Team Rosberg no Campeonato DTM. As coisas não correram bem, devido à falta de competividade do carro e Lamy rescindiu com a marca alemã, indo para a Chrysler. Aí venceu as "24 horas de Nurburgring" e ficou em 4º na corrida em Le Mans.
Em 2003, o português continuou na "onda da vitória", ganhando mais uma vez a mítica corrida de Nurburgring, novamente ao volante de um Chrysler Viper da equipa Zakspeed. Em Le Mans foi 5º, juntamente com Beretta e Comas, ao serviço da equipa Oreca, e terminou o ano a testar um monolugar (um Fórmula Super-Nissan da equipa Racing Engineering) em Interlagos.
Entre 2004 e 2007, Lamy saltou entre o DTM e o Le Mans Series, acabando por, neste ano, conquistar o primeiro Campeonato do Mundo de Velocidade (numa categoria principal) para Portugal.
Por João Miguel Pereira, jornalista "Sport Blog"
Ao longo da época, Lamy e o seu colega de equipa conseguiram 3 vitórias e 1 terceiro lugar, registando apenas 1 abandono.
Em segundo lugar do Campeonato (e em 4º na corrida) ficou a dupla Boullion/Collard, num Pescarollo-Judd, com menos dois pontos que a equipa luso-francesa.
No final da prova, Lamy afirmou que "esta corrida é especial, pois dá-me alegria correr e ganhar um título num país onde se fala o meu idioma! Mas, pela forma como foi a prova, parecia que não ia haver título". Realmente, o triunfo de Lamy e Sarrazin não foi fácil e os pilotos ainda apanharam um grande susto antes de se sagrarem campeões. O português conseguiu a "pole-position" mas um problema na embraiagem do Pegeout 908 HDi-FAP fez com que o piloto luso saísse da última posição da grelha. Além disso na volta 195 a luz traseira apagou, o que fez perder mais alguns minutos na boxe e pouco depois um problema eléctrico levou a mais 4 minutos de paragem.
Os jornalistas perguntaram ao português o que é que se tinha passado na partida, mas este não conseguiu explicar: "Simplesmente não arrancou. Tentei de tudo, ponto-morto, nova partida, até que o motor girou, consegui meter a primeira e lá fui..."
Este é mais um marco na carreira de Lamy, que foi o primeiro piloto português a pontar (e o segundo a participar) numa corrida de Fórmula 1, mais concretamente no G.P. Austrália em 1995.
Além destes feitos, o novo campeão mundial de Fórmula GT ainda conseguiu um segundo lugar nas "24 Horas de Le Mans" (melhor registo de um português na mítica prova).
Lamy ainda conta, no seu vasto palmarés, com um Campeonato Nacional de Fórmula Ford, um Campeonato Europeu de Fórmula Opel, um Campeonato Alemão de Fórmula 3, um segundo lugar no Campeonato Internacional de Fórmula 3000, um Campeonato do Mundo de Fórmula GT-2 e duas vitórias nas "24 Horas de Nurburgring", além de 32 Grandes Prémios de F1, aos comandos de um Lotus e um Minardi.
Lamy pilotou pela primeira vez um GT, em 1997, conseguindo o 5º lugar em Le Mans.
No ano seguinte venceu o Mundial de GT-2 na companhia de Oliver Beretta, pilotando um Chrysler Viper GTS-R (em 10 provas, a dupla luso-francesa venceu 8, além de 5 "poles" e 7 Voltas mais Rápidas).
Em 1999, o piloto português participou nas "24 Horas de Le Mans", ao volante de um Mercedes-Benz. Após ter feito a Volta mais Rápida e quando estava no 4º lugar, Lamy foi obrigado a desistir depois dos seus companheiros de equipa terem sofrido estranhos acidentes, o que levou a marca alemã a retirar todos os seus carros da prova, por questões de segurança. A Mercedes acabou por libertar os seus pilotos dos compromissos oficiais, e Lamy acabou o ano a participar nas últimas 4 corridas do Campeonato ALMS (American Le Mans Series) aos comandos de um BMW semi-oficial.
Em 2000 e 2001 o piloto português voltou à Mercedes, mas agora para pilotar um CLK do Team Rosberg no Campeonato DTM. As coisas não correram bem, devido à falta de competividade do carro e Lamy rescindiu com a marca alemã, indo para a Chrysler. Aí venceu as "24 horas de Nurburgring" e ficou em 4º na corrida em Le Mans.
Em 2003, o português continuou na "onda da vitória", ganhando mais uma vez a mítica corrida de Nurburgring, novamente ao volante de um Chrysler Viper da equipa Zakspeed. Em Le Mans foi 5º, juntamente com Beretta e Comas, ao serviço da equipa Oreca, e terminou o ano a testar um monolugar (um Fórmula Super-Nissan da equipa Racing Engineering) em Interlagos.
Entre 2004 e 2007, Lamy saltou entre o DTM e o Le Mans Series, acabando por, neste ano, conquistar o primeiro Campeonato do Mundo de Velocidade (numa categoria principal) para Portugal.
Por João Miguel Pereira, jornalista "Sport Blog"
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